13º CBA – PARTICIPAÇÃO DOS AMAPEANOS

Promovido pela ABRAPA – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, aconteceu nos dias 16 a 18/08/2022 o maior encontro do setor cotonicultor do Brasil, o evento 13º CBA – CONGRESSO BRASILEIRO DO ALGODÃO. A cidade de Salvador BA sediou o evento formatado para ofertar transferência de conhecimentos, discutir os gargalos e tendências do setor, buscando adaptar-se ao cenário da cotonicultura mundial.

AMAPA promoveu com fomento financeiro do IBA a participação de toda sua equipe técnica em busca de qualificação e networking com a cadeia produtiva de todo o país.

Foram dias de discussões sobre as principais demandas do setor, temas da atualidade no mercado da pluma, tendências, pesquisa, uso da tecnologia e da inovação para melhor gerir as fazendas. Ao todo, 2.477 congressistas circularam e acompanharam os debates pelas 24 salas temáticas, cinco workshops e seis plenárias nas dependências do Centro de Convenções da capital baiana.  Pelo menos 120 palestrantes trouxeram suas experiências para uma plateia atenta às novidades e inovações. Fonte ABRAPA!

Exposição

Quem circulou pelo Centro de Convenções pode conferir os estandes de empresas ligadas ao agro, no espaço destinado à exposição. Nesse mesmo local, a Abrapa ocupou uma área de cerca de 150 metros quadrados, subdivididos em quatro pilares de atuação do setor: sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e promoção. No local, o visitante conheceu em detalhes os programas e ações, geridos pela Associação, em favor da cotonicultura brasileira. Foi possível conhecer o que é o programa SBRHVI – Standard Brasil HVI, que tem por objetivo garantir o resultado de origem, dar credibilidade e transparência para os resultados de análise de HVI da fibra realizados pelos laboratórios de classificação que operam no País. Verificar quantos e quais são os laboratórios participantes, a quantidade de equipamentos instalada, além dos números e percentuais relativos aos índices de confiabilidade.  Conferir os principais números da cotonicultura brasileira, como o que mostra que 63% do algodão do País é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação ABR – Algodão Brasileiro Responsável. O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), são 266 usinas no país, quase 30% foram certificadas em 2021. Fonte ABRAPA!

Rastreabilidade e Promoção do algodão

Os que quiseram saber mais e entender como se dá a rastreabilidade do algodão, encontrou informações no espaço do SAI – Sistema Abrapa de Identificação. Nele, foi possível acessar o QR Code e saber detalhes sobre a algodoeira, o fardo, análise de HVI, dados de certificação, origem da produção, entre outros dados. Informações imprescindíveis e que atendem o mercado global.

Outro importante espaço foi destinado à promoção da fibra, local em que os congressistas, produtores, pesquisadores, palestrantes, representantes da indústria têxtil e de fiação, puderam conferir as ações de divulgação do algodão brasileiro no mercado doméstico e internacional. Os programas Sou de Algodão e o Cotton Brazil, respectivamente, ações de promoção que ajudam e foram essenciais para impulsionar a fibra, puderam ser conhecidos em detalhes. Fonte ABRAPA!

Relatos de amapeanos!

Os amapeanos participantes do evento, manifestaram suas ponderações sobre o 13º CBA!

  • Qual seu ganho de conhecimento no CBA 2022?

É possível obter informações que não são repassadas diariamente dentro do setor, informações atualizadas, como por exemplo: temos uma fibra melhor que a americana mesmo assim o valor de venda é inferior. A importância desta cadeia produtiva na geração de empregos e renda no cenário mundial e um visão prospectora do futuro do setor, principalmente quanto ao mercado financeiro e tecnologia. O que vem sendo estudado para melhoramento tanto em sementes como em defensivos e as ferramentas atuais para colher mais, vender melhor e gastar menos.

Incentivo as universidades para direcionarem os trabalhos de pesquisa para a cadeia do algodão, para tal, oferta de premiação aos melhores trabalhos científicos e a promoção de intercâmbio entre os principais agentes dessa cadeia produtiva.

A integração dos sistemas ABRAPA (SBRHVI) com uma certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, caso o produtor queira aderir terá maior garantia e segurança na fibra exportada.

A era dos produtos biológicos, foi apresentado diversos trabalhos, nesse sentido para controle de pragas chaves da cultura do algodão, sendo observado que os melhores resultados apontaram para a mistura de biológico + químico, embora trabalhe com produto químico o nosso algodão é o mais sustentável do mundo.

Vários projetos em andamento como, Cotton Brasil e Sou de Algodão, onde trabalham a qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e o consumo do algodão, com um olhar atento as melhores prática de manejos, incluindo manejos de pragas e doenças do solo, tratos culturais e produção. Nesse aspecto, o bicudo do algodoeiro é a praga que mais preocupa os cotonicultores, concomitante com o controle dos nematoides, sendo apresentado alternativas de combate e monitoramento com comprovada eficiência demonstrada pelos expertises de cada assunto.

  • Por que é importante sua participação nesse evento?

O evento é uma oportunidade ímpar de reunião de toda a cadeia produtiva do algodão, ofertando ganho de conhecimentos, networking, oportunidade de negócios e intercâmbio com pessoas de outras realidades da produção do algodão no Brasil e no mundo.

A transferência de conhecimentos e tecnologias é constante, podemos aprender mais da cultura, desde o preparo do solo ao produto final, como qualidade de fibra, exportação e rastreabilidade.

Sabermos que fazemos parte e colaboramos com essa cadeia produtiva tão importante para o nosso planeta, nos deixa orgulhosos e motivados a buscarmos evoluir profissionalmente cada vez mais.

  • Quais pontos positivos e negativos do CBA?

Positivos:

– Palestrantes com domínios técnicos das informações repassadas, plenárias ricas em conhecimentos e conteúdos teóricos/práticos;

– Organização das salas; Layout do evento; APP do evento;

– Número de congressistas superior ao esperado;

– Certificação do algodão nacional (ABR) e (BCI), sendo um diferencial competitivo, produto com rastreabilidade de ponta a ponta, objetivando tornar o nosso algodão mais valorizado, além dos incentivos da ABRAPA para tornar o País no maior produtor mundial;

Negativos:

– Linguagem menos técnica para atender todos os públicos;

– Atrasos nos inícios das plenárias tendo até que reduzir o conteúdo para não alterar os demais horários;

– Palestras em inglês (sem disponibilizar tradução em áudio);

– Salas muito frias;

– Falta de um momento mais reservado as estaduais;

– Palestras com maior espaço de tempo para interação com público, principalmente nas plenárias;

– Mais tecnologias apresentadas, principalmente em relação ao controle do bicudo do algodoeiro;

– Algumas cultivares com pragas e doenças onerosas, custo de produção bastante elevado e dependência do mercado externo para compra de defensivos com evidentes perdas de tecnologias.

 Encerramento

O congresso findou-se com a palavra do Júlio Cézar Buzato – Presidente em exercício da ABRAPA – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, entidade promotora do evento salientando “Focamos em uma programação diversificada que atendesse aos interesses da cotonicultura. Foi um grande e excelente Congresso e isso só foi possível graças ao trabalho dos organizadores, comissão científica e, é claro, dos congressistas que participaram ativamente das atividades”. E para fechar com chave de ouro, a organização do evento ofertou um show musical da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba, satisfazendo ao público presente.

Estamos atentos as oportunidades deste mercado e buscamos qualificar continuadamente nossa mão de obra por acreditar no potencial e crescimento profissional de cada amapeano, afirma Wellington Silva – Coordenador Executivo da associação.

E que venha o 14º CBA!

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