O bicudo é uma praga chave para a cultura do algodão por representar alto potencial de reprodução, grande mobilidade no agro ecossistema e ocorrência de gerações múltiplas. É elevado o potencial de danos representado pelo bicudo, pois historicamente o inseto deixou marcas de grandes prejuízos por onde infestou, influenciando na descendência da atividade algodoeira em outros países e também no Brasil.
O Maranhão já esteve no cenário de destaque como produtor de algodão, justamente a praga do bicudo do algodoeiro transformou as plantações do nordeste em terras devastadas, em especial no Maranhão.
Diante a importância do controle desta praga, a AMAPA propõe este projeto de mapear a incidência e implantar medidas básicas de controle para que os produtores possam obter maiores produtividades auxiliando ativamente na sustentabilidade da cultura que tem importância social por gerar empregos utilizando medidas de combate ambientalmente conscientes, incentivando os esforços coletivos no combate a esta praga no Estado.
Atuamos atualmente com três técnicos agrícolas, ao qual denominamos “monitores de pragas”, e um agrônomo “coordenador do projeto” que são responsáveis por fazer o mapeamento de toda a área plantada com auxílio de equipamentos como GPS, tablet, máquina fotográfica e etc., além de veículo para deslocamento entre pontos de instalação das armadilhas e TMB que são adquiridos e fornecidos pela AMAPA.
As informações geradas são compiladas no sistema próprio da AMAPA denominado SMP (Sistema de Monitoramento de Pragas), formando o banco de dados para compilação de relatórios, mapas, comparativos, gráficos e os índices BAS (Bicudo Armadilha Semanal) na época de pré e pós plantio da cultura e BTS (Bicudo Tubo Semanal) logo após dessecação da lavoura para processo de colheita, que são balizadores para tomadas de decisões por parte dos gestores das fazendas associadas sobre a condução de suas lavouras.
Desde 2015, após inicio das operações, resultados apresentam gradativa diminuição na incidência desta praga que é fruto de um trabalho preventivo em todas as áreas de foco (pré-plantio e pré-colheita, tigueras e rebrotes…); Evitando que erros como ocorrido no passado venham prejudicar o potencial crescimento produtivo da região.