II WORKSHOP DE RESULTADOS DA AMAPA

AMAPA – Associação Maranhense dos Produtores de Algodão, promoveu com sucesso o evento denominado “II Workshop de resultados”, no espaço Sakura Eventos em Balsas MA, durante todo do dia 04/10/2019 (manhã e tarde – 8h), sendo configurado com o objetivo de prestar contas à cadeia produtiva e sociedade sobre o trabalho da AMAPA de promover, desenvolver e alavancar o crescimento da cultura do algodão no cenário estadual, nacional e mundial.

O Coordenador Executivo da AMAPA, Sr. Wellington Silva, abriu oficialmente o evento, em seu discurso apresentou os resultados da associação conquistados nas últimas cinco safras, destacando o crescimento de área e número de associados, na safra vindoura o Estado deve manter a área de produção, embora tenha prospecção de crescimentos de curto a médio prazo, embasado no potencial produtivo da região, principalmente para cultivo do algodão segunda safra, utilizando o modelo de sucesso aplicado no Estado do Mato Grosso, rotacionando a lavoura de soja com a opção de “algodão”, desta forma, a AMAPA prospecta para igual período “próximas 05 safras” atingirem o objetivo de 50 mil hectares de algodão cultivados no Maranhão.

Atualmente o Estado é o sexto maior produtor de algodão do Brasil com pouco mais de 27 mil hectares cultivados, divididos entre 05 grandes fazendas produtoras e 03 grandes grupos comerciais, são eles: Grupo SLC Agrícola que contempla as fazendas (Parnaíba, Planeste, Palmeira – responsável por 83% desta produção), grupo Uniggel – fazenda Flórida – responsável por 11% da produção e grupo ROORDA – fazenda Pequena Holanda – responsável por 6% da produção.

Nesta região é produzida uma fibra de alta qualidade, cobiçada pelo mercado externo, para tal, mais de 80% do algodão cultivado no Maranhão possui certificação nacional pelo programa ABR – Algodão Brasileiro Responsável e Licenciamento BCI – Better Cotton Iniciative que é um selo de acesso ao mercado externo. O destino final do algodão certificado e comercializado no mercado externo é principalmente a Ásia – 60% e Europa – 20%.

Na safra findada mês passado, foram produzidas aproximadamente 103 mil toneladas de algodão bruto, sendo 53 mil toneladas de caroço de algodão que é comercializado 100% no mercado interno, sendo utilizado principalmente para produção de proteína animal, e 42 mil toneladas de pluma que é utilizada na produção de tecidos e afins.

66% da pluma da produzida nesta safra já está comercializada, boa parte aguardando beneficiamento e retirada dos pátios das fazendas produtoras.

O evento foi apreciado por 115 participantes – produtores, profissionais do setor AGRO, revendas, patrocinadores, imprensa e universitários (UEMA, UNIBALSAS, UNOPAR) da região denominada MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Na programação foram discorridas palestras externas (palestrantes de renome nacional) na parte da manhã e palestras internas (palestrantes das regiões produtoras), intercaladas com espaço para patrocinadores apresentarem seus portfólios de produtos (BASF, NUFARM, I9Agro e FMC), coffee break e networking.

 Programação do período da manhã:

1. Manejo de pragas na cotonicultura “spodopteras e bicudos” – Paulo Saran – consultor BASF;

2. Manejo de solos e rotação de culturas – Alex Rebequi – Fundação Bahia;

3. Manejo de doenças foliares e do solo – Fabiano Perina – EMBRAPA Algodão.

Programação do período da tarde:

4. Resultados da safra 18/2019 e perspectivas para safra 19/2020 – Ricardo Reis – região Serra do Medonho;

5. Resultados da safra 18/2019 e perspectivas para safra 19/2020 – Rafael dos Anjos – região Serra do Penitente;

6. Resultados da safra 18/2019 e perspectivas para safra 19/2020 – Juliano Reis – região Gerais de Basas (Batavo).

Ao final de cada período, mediado por Dr. Eleusio Freire – consultor da AMAPA, ocorreram os debates técnicos entre palestrantes, patrocinadores e participantes do evento, discorrendo provocações e esclarecendo dúvidas.

Depoimentos:

Alex Rebequi, da Fundação Bahia, ressaltou a importância da rotação de culturas de acordo com experiências dos produtores baianos, onde alternam a produção do milho com soja, com milheto e com algodão, porém, para ele, o preparo da terra no Maranhão torna-se mais rápido e fácil devido à consistência da terra onde o manejo é mais “redondo”“fazendo com que a cultura principal expresse melhor potencial para a região”.

Fabiano Perina da Embrapa/BA, alertou para a aproximação nas pesquisas entre os estados do Maranhão e Bahia, para ampliar mais os conhecimentos relacionados aos problemas na cotonicultura de ambos os estados, já que não há uma planificação neste sentido, para daí, buscarem modelos de ratificação das doenças do algodão geradas nesta região.

Camilla Vasconcelos de Oliveira é estudante de Agronomia da UEMA e já participou de Dia de Campo na Fazenda Planeste (algodão) e pela primeira vez participa de um Workshop de Resultados. Camilla ressaltou que aprendeu muito sobre o manejo que é uma cultura muito sensível e precisa de bastante cuidado. “Também a gente pode ter uma noção do que foi produzido este ano e do que está previsto para a safra que vem”. Particularmente, a estudante afirmou gostar muito da cultura do algodão “pelo fato de sensibilidade, desse cuidado nesse critério o algodão tem que ter todo um acompanhamento, tem que ser um planejamento prévio para produzir o algodão. Uma cultura de alta rentabilidade também”.

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